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Como definir os Princípios de Design

O que são os Princípios de Design

Os Princípios de Design são um conjunto de considerações que as diferentes equipas comungam com o objetivo de resolver problemas de design e com isso criar novos e bons produtos/serviços.

 

Quais as bases em que assentam os Princípios de Design

É interessante perceber que os Princípios de Design não têm por base temas de âmbito Digital, ou temas do âmbito do Design ou até mesmo temas do âmbito de programação e desenvolvimento de software. Os Princípios de Design têm por base as Leis da Psicologia que explicam o porquê das pessoa se comportarem de determinada maneira, e esses comportamentos podem ser transpostos para a utilização de websites e aplicativos.

Também por este motivo que os profissionais de UX e profissionais de UI devem pensar e desenhar as experiências digitais centradas nas pessoas – human-centered experiences.

Os Princípios de Design devem assentar nas diferentes Leis e Efeitos que advêm de diversos estudos feitos no campo da psicologia comportamental e cognitiva. Como o objetivo deste artigo não é o de descrever, exaustivamente, as principais Leis de UX, ou se preferirem as Leis e efeitos da psicologia comportamental e cognitiva, preparei um pequeno resumo dos mesmos, baseados no livro do Jon Yablonsky – UX Laws – e que e podem descarregar aqui.

 

Integrando os Princípios de Design no Processo Criativo

Uma das formas mais eficientes e, diria mesmo mais inteligentes, de conseguirmos, enquanto profissionais de UX e UI, tomarmos decisões que justifiquem as nossas escolhas é criando os tais Princípios de Design.

 

Os Princípios de Design permitem-nos justificar as nossas decisões de forma inequívoca. É por isso que o Design é objetivo e não subjetivo, o que não significa nem iliba o facto de podermos tomar decisões erradas.

 

Leis de Psicologia Comportamental

Princípios de Design

Regras

 

 Doherty Thereshold – Objetivo para manter as pessoas completamente “interessadas” ao interagir com um dispositivo eletrónico, como o computador, tablet ou smartphone. Se o sistema destes dispositivos derem uma resposta após o limite de 400 ms, as pessoas, eventualmente ficarão ou já estarão desinteressadas.

 

 

 

Feedback1

O feedback reconhece as ações e mostra os resultados para manter as pessoas informadas.

Os aplicativos iOS integrados fornecem feedback perceptível em resposta a cada ação do usuário. Os elementos interativos são destacados brevemente quando tocados, os indicadores de progresso comunicam o status das operações de longa duração e a animação e o som ajudam a esclarecer os resultados das ações.

 

Lei de Hick – O tempo que as pessoas demoram a tomar uma decisão, é proporcional ao número e à complexidade de opções que lhe estão disponíveis

 

Direction over Choice2 (Simple)

CTA único proeminente por screen.

Uma única mensagem de E-mail

Uma pergunta de cada vez na jornada Join, perguntas binárias em vez de escolha múltipla.

Tom de voz simples, consistente e direto.

1 – Apple – Human Interface Guidelines

2 – Bulb – Solar Design System – Princípios de Design

 

As Heurísticas de Nielsen e Molich e os Princípios de Design

As Heurísticas de Neilsen e Molich nada mais são do que Princípios de Design, mas que são ou se tornaram tão “óbvios” que, aplicando-os, estamos a proporcionar uma experiência efetivamente centrada nas pessoas. Como descrito no website da NNGroup: “São chamados de “heurísticas” porque são regras gerais e não diretrizes de usabilidade específicas”.

 

Leis de Psicologia Comportamental

Heurística de Nilesen e Molich

Regras

 

 

Lei de Jakob – As pessoas passam a maior parte do seu tempo a navegar noutros websites. Ou seja, e em termos de modelos mentais, significa que preferem que o seu website funcione e que possam navegar nele da mesma forma que veem os outros websites funcionarem por já terem um padrão mental estabelecido

 

 

 

2 – Correspondência entre o Sistema e o Mundo Real

Se inovar no design, não desvirtuá-lo “too much” ao ponto de construir os modelos iniciais que já existem

Alavancar os modelos mentais que as pessoas já possuem, em famigerado de obrigá-las a aprender tudo de novo que os utilizadores entendem o significado sem precisar procurar noutros sítios

 

 Efeito Estética e Usabilidade – As pessoas tendem a considerar o design esteticamente mais agradável como sendo também o design com melhor usabilidade.

 

8 – Estética e Design Minimalista

Criar designs simples e coerentes e que criem uma expectativa de que realmente vai funcionar

Priorizar features e conteúdo que se foquem no objetivo principal do website

 

Conclusão

Devemos sempre ao desenhar ou redesenhar um website, uma aplicação, um layout de uma loja, a decoração do interior de uma assoalhada e por ai fora, ter presente que o que estamos a fazer é para as pessoas e, portanto, é nosso dever perceber como é que estas pensam para podermos

1 – criar experiências efetivamente centradas nas pessoas – pessoas sobre objetos

2 – ter uma metodologia para resolução de problemas de design – função sobre a forma

3 – justificar as nossas escolhas enquanto profissionais, a todos os stakeholders – objetividade sobre subjetividade

 

Artigo redigido com base na leitura do Livro Laws of UX de Jon Yablonsky

 

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