Introdução
Antes de começarmos, vamos só recordar uma definição importante e que é a definição de “Analytics”. Analytics é algo que podemos obter através de scripts instalados no código fonte dos websites ou apps. Ou seja, na realidade (e sem muito rigor técnico) são métricas que o computador, através de alguma ferramenta, consegue recolher através desses scripts, em resposta à ação do utilizador num do web browser ou aplicativo móvel.
Desenvolvimento
Portanto, antes de mergulharmos na escolha da ferramenta de analytics e na implementação de eventos, seja via datalayer ou via DOM scrapping é fundamental reconhecer a importância do trabalho de UX e, mais especificamente, da criação de fluxos de tarefas do utilizador.
Trabalhar o UX, significa trabalhar estrategicamente a experiência holística do utilizador, incluindo entender toda a sua jornada desde o início (que pode não ser online) até ao alcançar dos seus objetivos (que pode também não ocorrer online). Como vimos na introdução, ao criarmos eventos “para analytics” estamos, essencialmente, a capturar dados sobre como os utilizadores interagem com o website ou app. E para capturar esses dados da forma mais simples possível (ou seja sem workarounds porque causa do legacy code) e, possivelmente, também de forma o mais precisa e significativa possível (tendo em conta as várias circunstâncias do mundo online, como é o caso da privacidade), é crucial compreender a jornada, para desenharmos o fluxo de interações do utilizador o mais simples possível.
Estes fluxos de utilizador fornecem uma estrutura clara para entender como os utilizadores navegam e interagem com o produto. Ao mapear esses fluxos, podemos identificar pontos de fricção, pontos de abandono e áreas de oportunidade para otimização. Isso traduz-se diretamente na criação de eventos relevantes para analytics. Ao entender os caminhos que os usuários percorrem, podemos identificar os eventos-chave que queremos rastrear para entender melhor o comportamento do utilizador e suas intenções.
Exemplo
Ao analisarmos um website de e-commerce, podemos identificar o fluxo de um utilizador desde a entrada no e-commerce até a conclusão de uma compra. Ao entender cada etapa desse fluxo, podemos identificar os eventos que indicam o seu “engajement”; como visualização de produtos, adição do produto ao carrinho, checkout e finalização da compra. Ao mapear estes eventos numa fase de planeamento da expirência, mais tarde, rastrear esses eventos, podemos obter insights valiosos sobre o desempenho do site, taxas de conversão, comportamento do usuário e muito mais.
Além disso, a criação de eventos com base nos fluxos de utilizador também nos permite personalizar e segmentar as análises. Podemos criar segmentos de utilizadores com base nos seus padrões de interação, o que nos permite entender melhor diferentes grupos e, se possível, adaptar nossa estratégia de marketing e produto de acordo.
Ao implementar esses eventos na datalayer do website e ao configurá-los corretamente no GA4 ou Adobe Analytics ou noutra ferramenta para o efeito, podemos identificar áreas de melhoria, testar hipóteses e iterar continuamente para aprimorar a experiência do utilizador.
Conclusão
Em suma, o UX desempenha um papel fundamental na criação de eventos para analytics, pois nos ajuda a entender a jornada do usuário e a identificar os eventos-chave que queremos rastrear. Ao mapear os fluxos de usuários e criar eventos relevantes, podemos obter insights valiosos que impulsionam o crescimento e o sucesso de nossos negócios online.
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