Introdução
Quando pensei escrever este artigo tinha imaginado um título do género “Como gerir projetos digitais (ou não) que são transversais à Empresa e/a determinado produto digital em ambiente agile”. Mas dediquei algum do meu tempo a pensar no assunto e percebi que o título não faz sentido algum.
E para não tornar o artigo demasiado longo dividi-o em 3 partes:
PARTE 1 – O que são Produtos Digitais
PARTE 2 – O que Envolve Criar um Produto Digital
PARTE 3 – Será Diferente Criar um Produto Digital em Ambiente Agile ou Waterfall?
O que são Produtos Digitais?
Um produto digital é todo o produto que pode ser utilizado e/ou comercializado online. Ou seja, podemos ter como produtos digitais aqueles que são passíveis de download e aqueles que não são passíveis de download:
Produtos Digitais Passíveis de Download
- Produtos que os utilizadores podem fazer o seu download e começam a utilizá-lo. Por exemplo uma App para afinar a guitarra como o Guitar Tuner.
Produtos Digitais Não Passíveis de Download – SAAS / Cloud Software
- Produtos em que os utilizadores não necessitam de fazer download dos mesmos e ainda assim utilizá-los na modalidade de free, paga ou freemium. Todos os Softwares As a Service são este tipo de produtos. Por exemplo, a Google Cloud Platform funciona como SAS.
Produtos Digitais como Extensão da Experiência de Cliente – Canal Online
Depois ainda existe uma categoria de produtos digitais que são um misto entre as duas categorias acima. E que eu caracterizo não como produtos digitais, mas sim como táticas ou canais de comunicação com os utilizadores. Por exemplo:
ebooks – livros; Webinars – Conferências; PodCasts – Entrevistas; Cursos online – aulas presenciais; Websites/Lojas Online – sede ou loja física
Conclusão
A criação de produtos digitais, não é desenhar e desenvolver o front-end desse desenho. Nem é desenvolver o back-end desse front-end.
Pensar em desenvolvimento de produtos digitais com foco apenas em design, front-end e back-end vai dar origem a:
1 – Potenciais MVPs mal definidos
2- Desenvolvimento de produtos com base em features (outputs) e não outcomes (mudança que queremos ver no mundo ou nas pessoas para que a vida delas se torne melhor)
3 – Dívida Técnica com uma enormidade de bugs e issues para corrigir
4 – Custos escondidos – de desenvolvimento ou de redesenvolvimento; horas-extra da equipa; possíveis custos no suporte ao cliente, entre outros
Será isto fácil de implementar nas empresas? Certamente que não o é! Mas é meio caminho se as pessoas envolvidas tiverem esta visão e a colocar em prática, mesmo que devagar este princípio.
O próximo artigo PARTE 2 – O que Envolve Criar um Produto Digital
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